quinta-feira, 8 de abril de 2010

(Quando pensávamos que já tínhamos visto tudo...) Manifesto contra energias renováveis entregue ao Governo

SE OS FILHOS DA PUTA VOASSEM NUNCA VERÍAMOS O SOL



















in JN Economia (Ontem, por catarina craveiro)

Um grupo de personalidades – algumas delas defensoras do nuclear – apresentou, hoje, quarta-feira, um manifesto que visa uma nova política energética em Portugal, menos assente nas energias renováveis.

Mira Amaral, um dos 33 signatários do manifesto, já pediu uma audiência à Presidência da República, para apresentar formalmente o documento, entregue esta quarta-feira ao secretário de Estado da Energia, Carlos Zorrinho.

Mira Amaral garantiu que "foi uma conversa muito coloquial, em que chamámos a atenção de que isto não tem nada de oposição ao Governo". No entanto, recorde-se que, ontem, o responsável pela pasta da energia garantiu que o Governo não entrará "na aventura de adquirir uma central nuclear chave na mão", frisando:

"Não voltaremos atrás, à dependência energética total de combustíveis importados".

Nas linhas gerais do manifesto está uma crítica à aposta nas energias renováveis, especialmente por causa do sobrecusto que implicam ao terem uma tarifa subsidiada, assim como a pressão que essa tarifa exerce nos custos dos consumidores particulares e das empresas.

Mira Amaral, ex-ministro da Indústria num governo PSD e especialista em energia, garantiu ainda que as energias limpas não têm contribuído para a redução do endividamento externo, nem para uma menor dependência dos combustíveis fósseis.

O documento, apresentado na Associação Comercial de Lisboa, mostra que, em 2008, no conjunto, energia eólica, geotérmica e fotovoltaica, “representou apenas 2,11% do consumo total de energia primária em Portugal, tendo-se mantido a dependência energética em redor de 83% ao longo dos últimos dez anos”.

O documento relembra, também, que o défice tarifário português na electricidade ultrapassa, em termos acumulados, os 2 mil milhões de euros.

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