sábado, 8 de dezembro de 2012

Sismo de magnitude 7,3 abala Nordeste do Japão


in PÚBLICO - 07/12/2012 - 08:50 (actualizado às 11:19)


O abalo fez tremer os edifícios em Tóquio e foi lançado um alerta de tsunami, entretanto levantado
Não há registo de danos na central nuclear de Onagawa (Issei Kato/Reuters)



Um sismo de magnitude 7,3 na escala de Richter abalou o Nordeste do Japão nesta sexta-feira. Foi imediatamente emitido um alerta de tsunami, levantado duas horas depois. Há registo de vagas com um metro de altura numa cidade costeira.

Segundo a agência Reuters, o abalo, que ocorreu às 17h18 (8h18 em Lisboa), fez tremer os edifícios na capital Tóquio durante alguns minutos. Foi imediatamente lançado um alerta de tsunami para a costa da província de Miyagi – uma das mais atingidas pelo terramoto e maremoto a 11 de Março de 2011 – mas cerca de duas horas depois, às 10h20 em Lisboa, o alerta foi levantado.

A AFP avança que a vila de Ishinomaki, na zona costeira de Miyagi, foi atingida por uma primeira vaga às 18h02 (9h02 em Lisboa), com um metro de altura – muito menos do que os 10 a 11 metros registados em 2011. Ishinomaki foi a localidade mais atingida pelo tsunami de 2011, que provocou cerca de 20 mil mortos.

A Reuters dá conta de cinco feridos ligeiros na província de Miyagi, mas a estação de televisão japonesa NHK fala em nove pessoas que terão ficado feridas enquanto tentavam abandonar as suas casas.

“Estava no centro da cidade no exacto momento em que ocorreu o sismo. Entrei imediatamente no carro e comecei a fugir em direcção às montanhas. Ainda estou dentro do carro”, disse à Reuters um morador de Ishinomaki. E acrescentou: “Tenho o rádio ligado e nas notícias dizem que os carros ainda estão presos no trânsito. Tenciono ficar aqui nas próximas duas horas.”

A circulação ferroviária foi interrompida e foram encerradas as pistas do aeroporto de Sendai, capital da província de Miyagi, que ficou inundado na sequência do maremoto de 2011.

Centrais nucleares não foram atingidas

Segundo a informação disponível na página de Internet da Agência Meteorológica do Japão, o epicentro do sismo foi em Sanriku Oki, a 240 quilómetros da costa do Pacífico, na província de Miyagi, a cerca de dez quilómetros de profundidade e com magnitude 7,3.

Segundo o jornal online The Japan Times, a Tohoku Electric Power Co, empresa detentora da central nuclear de Onagawa, garantiu que não há registo de danos naquela unidade, que foi atingida pelo forte sismo de Março de 2011, de magnitude 8,9 na escala de Richter. O jornal, que cita a estação de televisão japonesa NHK, diz que não há danos em qualquer uma das centrais nucleares da região de Tohoku – entre elas está a central de Fukushima, que ficou devastada pelo tsunami de 2011, originando o maior desastre nuclear desde Chernobyl, em 1986.

De acordo com a BBC, o primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, cancelou a campanha para as eleições de 16 de Dezembro. É difícil telefonar para a província de Miyagi, uma vez que as linhas estão completamente ocupadas.

O alerta de tsunami indicava que as ondas podem ter até dois metros de altura e recomendava às populações que se afastassem das zonas costeiras. Na memória ainda está a catástrofe de Março de 2011, em que o terramoto seguido de tsunami devastou aldeias inteiras, desalojando e traumatizando milhares de pessoas, destruindo culturas e fábricas, deixando marcas difíceis – e caras – de apagar. Só o custo do acidente nuclear em Fukushima pode ascender a cerca de 100 mil milhões de euros.Além deste alerta, foram emitidos avisos para as zonas de Fukushima, Iwate, Ibaraki e Aomori, também já cancelados. O Departamento de Estudos Geológicos dos Estados Unidos registou três réplicas do sismo, com magnitude de 6,2, 5,5 e 4,7.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Contagem dos mortos do novo sismo em Itália atinge uma dezena






in PT Jornal (Autor: António Henriques - Terça-feira, 29 Maio 2012 11:51)


O sismo que fez tremer Itália na manhã de hoje provocou pelo menos 10 mortos, já confirmados. O tremor de terra, com epicentro na província de Modena, na região norte de Itália, atingiu uma magnitude 5.8 na escala de Richter.

Dez dias depois de um sismo em solo transalpino, que fez sete vítimas mortais, a Itália voltou a tremer, com um novo tremor de terra que já provocou 10 mortos, confirmados pelas autoridades.

De magnitude 5.8 na escala de Richter, este sismo teve epicentro na província de Modena, na região norte de Itália, às 9h00 de Itália (8h00 em Lisboa). De acordo com o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia, após o sismo sentiram-se duas réplicas, às 11h50 locais.

Este sismo provocou o colapso de edifícios, numa região já devastada pelo tremor sentido há 10 dias. O sismo foi sentido em toda a zona norte de Itália, apesar de provocar danos no norte transalpino.

Das vítimas já contadas, três encontravam-se no interior de um edifício industrial, situado em San Felice Sul Panaro. Outros dois mortos também estavam em prédios, mas na província de Mirandola, sendo que todos os restantes estavam em residências próprias. Um padre morreu também, vítima do colapso de uma igreja situada na cidade de Carpi.

Itália ainda se tentava levantar do sismo da madrugada de há 10 dias, também na região norte, com 50 feridos, além dos sete mortos. O número de desalojados também impressionava: mais de 11 mil pessoas que passam as noites em automóveis e em residências de familiares.

O sismo foi sentido em diversas cidades italianas atingiu seis graus na escala Richter. O abalo de terra provocou o caos em diversas cidades e teve epicentro em Finale Emilia, localizada a 36 quilómetros de Bolonha.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Astronomia: Tempestade solar causa apagão de rádio

Atividade solar é a maior dos últimos seis anos Fotografia © Reuters
in DN Online (2012.03.05)

Uma mancha muito ativa está a preocupar os cientistas e nos próximos dias pode haver erupções capazes de prejudicar os equipamentos elétricos.

Uma violenta erupção solar está a causar apagões de rádio em vários países, nomeadamente na Austrália, China e Índia. Esta tempestade está ligada a uma mancha solar de grandes dimensões (1429) que se formou há alguns dias e cuja rotação a conduziu para o lado da superfície da estrela virada para o lado da Terra. A mancha deverá manter-se nas próximas horas e os cientistas esperam possíveis agravamentos da situação.

Para já, a atividade geomagnética produzida pela anterior erupção causou o apagão de rádio de nível 3, numa escala de 5. Na quarta e quinta, a Terra deverá ser atingida por uma ejeção de massa coronal capaz de produzir uma tempestade geomagnética de nível menor ou moderado.

As erupções solares são capazes de provocar perturbações na rede elétrica e nos equipamentos eletrónicos, podendo literalmente "fritar" os circuitos dos satélites em órbita. Teoricamente, é possível que uma tempestade forte (o que não parece ser o caso desta) cause uma rutura na rede elétrica das grandes cidades. Um apagão global poderia levar meses a resolver e teria o potencial para causar centenas de milhares de milhões de euros em prejuízos, talvez milhares de mortos.

Segundo um relatório publicado esta semana na revista científica Space Weather, a possibilidade de ocorrer um chamado "evento Carrington" até ao final da década é de 12%. A designação indica uma erupção solar gigantesca que ejectou enorme quantidade de massa coronal, fenómeno observado no final de Agosto de 1859 por um astrónomo chamado Richard Carrington. A tempestade solar deu origem a auroras boreais visíveis em toda a Europa. Era mesmo possível ler o jornal de noite. O fenómeno perturbou as comunicações da época, nomeadamente o telégrafo, mas o carácter primitivo destas tecnologias justificou o impacto limitado. O caso seria bem diferente com os equipamentos modernos.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Forte tempestade geomagnética pode atingir hoje a Terra



in SIC Online (24.01.2012 - Actualizado às 09:25)

A mais forte tempestade geomagnética dos últimos seis anos deve atingir hoje a Terra. De acordo com o Centro de Previsão Meteorológica Espacial dos Estados Unidos, rotas aéreas, redes de energia e operações por satélites podem ser afetadas.O Sol encontra-se num estado muito ativo, desencadeia uma erupção maciça do plasma solar.

O fenómeno faz com que as partículas solares sejam conduzidas a cerca de 2 mil quilómetros por segundo, cerca de cinco vezes mais rápido que o habitual, explicou o especialista Terry Onsager, do Centro de Previsão Meteorológica Espacial dos Estados Unidos.

A intensidade da tempestade solar pode ser moderada ou forte, neste caso deverá oscilar entre os níveis dois e três, numa escala de cinco.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Hackers querem criar rede de satélites para terem uma Internet livre




in Sol Online (2 de Janeiro, 2012)

Um grupo de hackers está a planear colocar em órbita uma nova rede de satélites para conseguirem ter uma Internet livre de censura A estratégia foi divulgada pelo projecto Hackerspace Global Grid durante uma conferência de hacking que teve lugar recentemente em Berlim, avança a BBC.

A iniciativa passa também por criar uma rede de estações de controlo, capaz de comunicar com os satélites, independente de qualquer tipo de organização oficial.

Caso o projecto se concretize, a meta é criar uma Internet livre e que não seja controlada por nenhum governo ou organização.

Citado pela estação britânica um dos promotores da ideia, Nick Farr, defende que «a primeira meta é ter uma Internet sem censura no espaço. Vamos tirar a Internet do controlo de entidades terrestres».

Por enquanto já há alguns entusiastas que estão a trabalhar no desenvolvimento desta infra-estrutura de comunicações, nomeadamente na instalação de centros de controlo de baixo custo, que custam cerca de 100 euros e podem ser utilizados pelo projecto para monitorizar os satélites.

Para Armin Bauer, um dos participantes no projecto citado pela BBC, este projecto acaba por ser «o contrário do GPS», pois «o GPS utiliza os satélites para calcular o local onde estamos e isto diz-nos onde é que estão os satélites. Nós podemos utilizar as coordenadas do GPS mas também melhorá-las ao utilizar locais fixos nos locais identificados de forma precisa».

Este entusiasta de 26 anos prevê que os primeiros protótipos destas primeiras estações estejam instalados durante a primeira metade de 2012, para que no final do ano surjam os primeiros modelos de trabalho.

Apesar das expectativas do grupo, há quem não acredite que este chegue a bom porto, sobretudo devido às questões técnicas.

Esse é o caso de Alan Woodward, um professor do departamento de Computação da Universidade de Surrey, que refere à estação britânica que «satélite em

órbita baixa como esses já são lançados por amadores há muito, mas não ficam muito tempo no mesmo local e orbitam normalmente a cada 90 minutos».

Para este especialista «isto não quer dizer que não possam ser utilizados para comunicações, mas obviamente apenas para os períodos de tempo relativamente curtos durante os quais estão à nossa vista. É difícil ver como é que esses satélites podem ser utilizados como uma rede de comunicações viável, mesmo se houver um número [de satélites] significativo na constelação».

Além desta nova forma de aceder à Internet, o projecto tem outros dois grandes objectivos: colocar um astronauta no espaço e desenvolver novos dispositivos electrónicos que possam aguentar em ambiente espacial.