terça-feira, 22 de março de 2011

Morreu Artur Agostinho


in TSF Online (por Cristina Santos - 2011.03.22)

Artur Agostinho faleceu esta terça-feira, aos 90 anos, avançou o Record. O jornalista desportivo, locutor de rádio, actor e apresentador de televisão esteve ainda ligado ao Sporting.

Foi locutor de rádio amador na juventude, actividade que ganhou importância a tempo inteiro quando aos 25 anos entrou na Emissora Nacional.

Durante as décadas de 40 e de 50, Artur Agostinho participou em alguns filmes, como por exemplo "O Leão da Estrela" (1947) e "Cantiga da Rua" (1949).

Artur Agostinho nunca deixou o jornalismo desportivo, tendo chegado em 1956 a director do Jornal Record, cargo que assumiu até 1974.

Artur Agostinho foi uma das vozes que transmitiu aos portugueses as vitórias da selecção no Mundial de 1966, em Inglaterra.

Em 1957, ano em que a RTP começou a emitir regularmente, Artur Agostinho já trabalhava em televisão, como jornalista e como apresentador de programas e concursos.

Sem nunca escolher entre o jornalismo desportivo e a representação, Artur Agostinho foi ainda, até meados de 2000, presidente do Grupo Stromp, entidade ligada ao Sporting Clube de Portugal que tem por objectivo principal organizar uma festa que premeia os atletas do clube que mais se destacaram durante o ano.

Em 2003, foi um dos actores a entrar na série televisiva "Ana e os Sete" e um ano depois no filme "Tudo Isto é Fado".

Em Dezembro, Artur Agostinho foi agraciado por Cavaco Silva com a Comenda da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, numa cerimónia que decorreu no Palácio de Belém.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Japão declara emergência nuclear após sismo

Sismo no Japão: Abalo de 8,9 na escala de Richter faz vários mortos e feridos
in SIC Online (2011.03.11)

Um incêndio no edifício da turbina de uma central nuclear no nordeste do Japão deflagrou hoje, após o sismo de magnitude 8,9 na escala de Richter registado naquela região. As autoridades declararam emergência nuclear.

As autoridades japonesas declararam o estado de emergência na central nuclear de Fukushima (nordeste) após avaria no sistema de arrefecimento da unidade, disse hoje um porta-voz do Governo, que garantiu não existir fuga de radiações.

O sistema mecânico que arrefece o reator sofreu uma avaria após ter sido cessada a produção na central nuclear, em resultado do forte sismo sentido hoje no Japão, disse Yukio Edano, citado pela agência noticiosa norte-americana AP.

O estado de emergência, garantiu, é uma medida de precaução e não foram detetadas fugas de radiações na unidade de Fukushima, que não apresenta nenhum perigo imediato.

O último balanço dá conta de pelo menos 40 mortos e 39 desaparecidos na sequência do sismo de 8,9 na escala aberta de Richter que atingiu hoje a costa nordeste do Japão, seguido de um tsunami.

O Governo já admitiu que os danos são "consideráveis".

O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, está reunido de emergência com o seu governo e determinou a criação de um comité de crise para monitorizar a situação, tendo ainda enviado meios navais para Tóquio e para a zona de Miyagi.

Ondas de cerca de dez metros atingiram a costa de Sendai, causando numerosos danos materiais. O alerta de tsunami foi emitido também na Rússia, Filipinas, ilhas Marianas e Pacífico.

Um homem de 77 anos foi morto pela queda de um muro de pedra na prefeitura de Chiba (região de Tóquio), uma pessoa morreu na região de Miyagi (nordeste) devido à queda de um objeto e um homem morreu na sequência do tsunami na prefeitura de Iwate (nordeste), avança a agência Jiji.

Uma mulher idosa também morreu soterrada por um telhado que caiu na província de Ibaraki (perto de Tóquio), disseram as autoridades locais à AFP.
Oito pessoas estão desaparecidas após um deslizamento de terra na área de Fukushima (nordeste) e uma criança foi arrastada pelas ondas do tsunami na província de Miyagi, segundo a imprensa.

Várias pessoas também ficaram feridas em Tóquio, após o desabamento do teto de um centro de conferências onde 600 alunos participavam numa cerimónia de formatura, anunciaram os bombeiros.

Pelo menos 20 pessoas ficaram feridas em Osaki na prefeitura de Miyagi (nordeste), algumas foram atingidas por quedas de objetos e outras ficaram presas sob os escombros, adiantou a agência de notícias Kyodo citando os bombeiros.

As centrais nucleares da costa do Pacífico nas prefeituras de Miyagi e Fukushima foram automaticamente desativadas depois do forte sismo. As centrais nucleares cuja produção foi desativada automaticamente foram as de Onagawa, na prefeitura de Miyagi e as primeira e segunda centrais de Fukushima.

A central de Kashiwazaki-Kariwa, na prefeitura de Niigata, na costa do Mar do Japão, manteve-se em funcionamento.

O tsunami inundou o imenso parque da Disneylândia situado na região de Tóquio, noticiou a agência japonesa Jiji, citada pela AFP.

O sismo ocorreu às 14h46 locais (05h46 em Lisboa), a 179 quilómetros a leste de Sendai, ilha de Honshu, e a 382 quilómetros a nordeste de Tóquio.
O epicentro foi no Oceano Pacífico, a 130 quilómetros da península de Ojika, a uma profundidade de dez quilómetros.

A primeira réplica ocorreu às 15h06 locais (06h06), com magnitude 6,4 na escala de Richter, e a última registada pelo USGS foi sentida às 15h25 (06h25), com magnitude 7,1, segundo informação disponibilizada no "site" daquele instituto cerca das 07:00.

O forte abalo sacudiu vários edifícios de Tóquio e paralisou os transportes ferroviários e por estrada em boa parte do país. O tráfego aéreo foi também interrompido nos aeroportos de Narita e Haneda, à espera que se verifique o estado das pistas.
As autoridades decretaram de imediato o alerta na região e estenderam-no até à Rússia, Filipinas e várias ilhas do Pacífico.

Os especialistas avisam que um abalo desta dimensão pode criar ainda um outro tsunami destruidor.

Da cidade de Tóquio chegam relatos de vários incêndios na cidade, incluindo numa refinaria.

O tecto de um edificio ruiu quando, na altura, estavam 600 estudantes a participar numa cerimónia de entrega de diplomas. Muitos ficaram feridos.

As autoridades japonesas enviaram um avião das Forças Armadas para avaliar os danos causados pelo tremor.

Sismo no sudoeste da China mata 24 pessoas

Um habitante de Yingjiang em frente a um edifício destruído depois do tremor de terra (China Daily/ Reuters)
in PÚBLICO Online (10.03.2011 - 11:18, Notícia actualizada às 13h09)

Um sismo de magnitude 5.4 na escala de Richter (5.8 de acordo com a agência Xinhua), atingiu hoje a província de Yunnan, no sudoeste da China, provocando pelo menos 24 mortos e 207 feridos, de acordo com declarações de uma autoridade local à AFP.

O epicentro do sismo situa-se a 10 quilómetros de profundidade, segundo a agência oficial Xinhua, e provocou graves danos no distrito de Yingjiang, apenas a dois quilómetros de distância do epicentro.

Uma hora depois do sismo as autoridades registaram sete réplicas, declarou por telefone à AFP um responsável do districto de Yingjiang.

Às 17 horas locais, quatro horas depois do sismo, já 19 pessoas tinham morrido e muitas casas estavam a desmoronar-se, relatava o “site” oficial da província de Yunnan.

As autoridades afirmaram ter enviado uma equipa de peritos para as zonas afectadas e revelaram que uma “resposta de emergência de grau 3” fora lançada. (Autoridades acreditam que tremor de terra cause mais danos e mortos que anteriores)

O Comité nacional de redução de desastres, juntamente com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, já enviou 8 mil tendas, mantas e roupas para a região afectada pelo sismo.

Yingjiang, localizada numa zona propensa a tremores de terra, foi alvo de 1200 pequenos sismos.