segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Nova bactéria resistente a antibióticos detectada em Portugal

DGS admite que há em Portugal casos de NDM-1, bactéria resistente a antibióticos
in SIC Online (Publicação: 16-08-2010 15:50 | Última actualização: 16-08-2010 21:39)

A Direcção-geral da Saúde diz que a bactéria NDM-1 já está em Portugal e não há forma de lhe resistir, mas garante que estão a ser preparadas medidas de combate às infecções. Na Austrália, três turistas foram infectados com a NDM-1 depois de terem viajado para a Índia e na Grã-Bretanha também já foram detectados dezenas de casos.

Cristina Costa, da Direcção-geral da Saúde, não revela números de casos no país com esta bactéria ou até casos de morte, garante que não foram contabilizados mas explica que num futuro próximo, sem data marcada, quando forem detectadas bactérias e outros micro organismos preocupantes, será obrigatória a declaração da bactéria.

O primeiro caso de infecção por esta bactéria que produz uma enzima do tipo "New Delhi métallo-beta-lactamase" (NDM-1) foi identificado em 2009 por Timothy Walsh, da Universidade de Cardiff (Reino Unido), num paciente que tinha estado hospitalizado na Índia.

A bactéria foi, entretanto, identificada em pelo menos 50 pacientes britânicos, pessoas que viajaram para países como o Paquistão e a Índia para serem submetidos a cirurgias plásticas, onde o custo dessas intervenções é muito mais reduzido.

Os cientistas britânicos alertam para o perigo da propagação desta “superbactéria”, como já vem sendo conhecida. A provar esta ameaça, um dos turistas australianos que ficou infectado com a NDM-1 esteve em Bombaim onde foi submetido a uma cirurgia estética.

Na Bélgica há também registo de uma morte, em Junho deste ano.

sábado, 14 de agosto de 2010

Economia: PIB vai continuar a cair nos próximos trimestres

Sócrates satisfeito
in JN Online (por ANA PAULA LIMA - 2010.08.14 00h30m)

A desaceleração da actividade económica no segundo trimestre é fruto da diminuição do consumo privado, que mesmo assim beneficiou das vendas de automóveis, e das exportações. Nos próximos trimestres o Produto Interno Bruto deverá continuar a cair.

A economia portuguesa cresceu apenas, 0,2% no segundo trimestre deste ano, face ao primeiro trimestre, segundo a "Estimativa Rápida" do Produto Interno Bruto (PIB) publicada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Esta desaceleração do crescimento do PIB, face ao primeiro trimestre, "era esperada e resulta da moderação do consumo privado, que beneficiou da antecipação das vendas de automóveis em Junho devido ao aumento do IVA, e das exportações líquidas", explica o economista-chefe do Banco Santander Totta, Rui Constantino.

A evolução da economia portuguesa continua a estar centrada nas exportações e, segundo Rui Constantino, o facto de economias como a alemã e a francesa estarem a recuperar é "bom para nós". Os dados do PIB do Eurostat mostram que a Alemanha foi a economia que mais cresceu no segundo trimestre deste ano e que a França está, igualmente, a evoluir favoravelmente. Já Portugal, no segundo trimestre, foi a economia que registou a maior desaceleração na Zona Euro e na União Europeia, cuja média de crescimento foi de 1%.

"Portugal vinha de um trimestre com um crescimento sólido (1,1%). Ter dois trimestres a crescer acima de 1% seria bastante difícil", conclui Rui Constantino.

Daqui para a frente, defende o economista, "vamos entrar numa fase de crescimento mais lento e vamos ter um nível de crescimento mais baixo que a União Europeia".

Apesar do abrandamento, Rui Constantino acredita que a meta do Governo de crescimento de 0,7% do PIB, em 2010, não está comprometida. "Neste momento o crescimento médio é de 1,6% e teríamos de ter contracções abaixo do 1% nos próximos dois trimestres para falhar", explica.

Sócrates satisfeito

O crescimento de 0,2% do PIB em cadeia e de 1,4% face ao segundo trimestre de 2009, são para o primeiro-ministro, José Sócrates, um "sinal de encorajamento e confiança" e "confirmam a recuperação da nossa economia". O primeiro-ministro defendeu que "a economia está a recuperar com níveis que são quase o dobro do previsto pelo Governo".

Já o ministro da Economia, Vieira da Silva, realçou que o crescimento "foi muito mais robusto do que a generalidade dos analistas previam" e destacou o comportamento positivo das exportações nacionais com um crescimento na ordem do 15%.

Portugal em chamas

Gondomar, 26 de Julho ©Lusa
in Sol Online (Fotos LUSA)

Mesão Frio, 26 de Julho ©Lusa

Porto, 26 de Julho ©Lusa

Santa Maria da Feira, 26 de Julho ©Lusa

Valença, 26 de Julho ©Lusa

Valença, 26 de Julho ©Lusa

Viseu, 26 de Julho ©Lusa

Viseu, 26 de Julho ©Lusa

Sabugal, 27 de Julho ©Lusa

Sabugal, 27 de Julho ©Lusa

Portugal conta 42 fogos activos


in CM Online (2010.08.14 -16h55)

Estão activos este sábado 42 incêndios, segundo a Autoridade Nacional de Protecção Civil. Os distritos do norte e centro do país continuam a ser os mais fustigados pelas chamas que mobilizam centenas de bombeiros.

O incêndio que mais preocupa arde desde quarta-feira em Aldeia da Serra, Seia. Com uma frente activa, as chamas estão a ser combatidas por 244 bombeiros, apoiados por 72 veículos e um helicóptero.

Também o fogo que deflagrou na terça-feira em Mezio/Travanca, Arcos de Valdevez, continua a dar muito trabalho. Pelo quarto dia, 177 bombeiros combatem as chamas, auxiliados por 39 veículos e cinco meios aéreos.

Em Cabril, Ponte da Barca, um incêndio que tinha sido dado como extinto ao longo do dia de ontem reactivou esta manhã e lavra com uma frente. No terreno, 115 bombeiros, apoiados por 21 veículos e quatro meios aéreos, combatem as chamas.

O incêndio que deflagrou ontem à tarde em Agualva, São Pedro do Sul, levou já hoje ao reforço dos meios. Com duas frentes activas, o fogo está a ser combatido por 199 bombeiros, apoiados por 56 viaturas e um helicóptero bombardeiro pesado.

Estão ainda activos incêndios em Souteiro-Arga de Cima (Caminha), Amieiro (Alijó), Abrunhosa a Velha (Mangualde), Arcozelo (Gouveia), e Gestosa (Boticas), Gojide (Terras de Bouro), L. Vale do Cabo, Amarante, Santiago (Marco de Canaveses), Outeiro (Valença) e L. Lavatães (Santo Tirso).

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Estudo: Sismo do Chile abre falha de 500 km

Sismo do Chile abre falha de 500 km
in DN Online (por PEDRO VILELA MARQUES, 2010.08.02)

Cientistas alertam que sismo de Fevereiro levantou partes da costa chilena em 2,5 metros e noutras zonas afundou um metro. 'Efeito-acordeão' faz temer que a terra trema de novo.

O sismo que varreu o Chile em Fevereiro - considerado o quinto mais forte na história da sismologia moderna, ao atingir os 8,8 graus na escala de Richter - abriu uma falha no solo que se prolonga ao longo de 500 quilómetros de costa. Uma equipa de especialistas franceses, alemães e chilenos publicou um estudo na revista Science em que demonstra que o terramoto mudou a costa chilena, empurrando 2,5 metros para cima terrenos próximos do oceano e afundando um metro algumas zonas interiores.

A investigação centrou-se em 24 pontos junto ao mar e em nove vales de estuários, onde se encontra aquilo a que os cientistas intitulam de "linha charneira", 120 quilómetros de fissura que separam as áreas levantadas das outras que afundaram com o sismo. Os limites das áreas levantadas revelam algas sobre uma crosta de corais mortos, o que demonstra o sentido ascendente do movimento sísmico, enquanto os pontos de referência de obras humanas e o limite mais baixo da vegetação indicam as áreas de afundamento.

Este é o chamado "efeito-acordeão", considerado normal e semelhante ao que já tinha acontecido na Indonésia em 2004. O grande problema, alerta Andrés Tassara, um dos cientistas, é que a terra pode voltar ao mesmo lugar no futuro. "Se houver outro terramoto, essa força acumula-se em todos os lugares da costa onde a terra levantou até um ponto em que não aguenta e gera novo terramoto".

As conclusões do estudo feito no Chile parecem mesmo confirmar esta tese. Os especialistas perceberam que os deslocamentos verticais do solo resultaram da libertação da elasticidade acumulada entre as placas tectónicas desde os sismo de Fevereiro de 1835 em Conceição, que gerou também um maremoto. "A maior parte da tensão acumulada durante o ciclo sísmico libertou-se com o terramoto de 27 de Fevereiro", adiantam, ainda, os cientistas.

O efeito devastador deste sismo serviu como aviso para as autoridades chilenas que foram acusadas de não ter em conta o que os sismólogos lhes diziam, nomeadamente quanto à possibilidade iminente de um sismo de grande magnitude afectar o país. Com a natureza a dar razão aos cientista, a preocupação é, neste momento, tentar prever o próximo abalo e, principalmente, preparar a população.

O mais recente alerta surgiu para o Norte do Chile, junto à fronteira com o Peru. O último grande sismo da zona aconteceu em 1877 e os cientistas avisam que um abalo de magnitude idêntica à registada em Fevereiro poderá acontecer amanhã, ou nos próximos anos, mas defendem que vai acontecer. As autoridades locais já trabalham para minimizar os estragos e as vítimas.