in Globo.com (da EFE 13-01-2010 - 08h28 - Atualizado em 13-01-2010 às 08h25)
Teerão, 13 jan (EFE, editada) - O cientista Masoud Alimohammadi, assassinado num atentado à bomba na terça-feira em Teerão, tinha assinado uma carta de protesto na qual denunciava a presença de milicias islâmicas Basij na universidade, afirma hoje o site "Jaras", administrado pela oposição.
Segundo este site, que publica a citada carta, a assinatura de Alimohammadi aparece junto às de outros 20 docentes e foi dirigida ao reitor da Universidade de Teerão, Farhad Rahbar, em 15 de junho.
"Apesar das informações subjetivas da imprensa, especialmente da agência 'Fars', que tenta mostrar que o professor assassinado apoiava o Governo de Mahmoud Ahmadinejad, existe um novo documento que mostra o contrário com mais segurança ainda", afirma o site.
Em seguida, o site publica a citada carta, que, especificamente, faz referência à presença de milicias à paisana, de noite, nas residências universitárias.
Desde que soube da morte de Alimohammadi, vítima de um atentado, a posição política do professor foi alvo de controvérsia e contradições.
Enquanto o regime afirmou que era um cientista "comprometido" com a Revolução, a oposição afirma que apoiava o reformismo e o movimento de abertura liderado pelo ex-primeiro-ministro Mir Hussein Moussavi.
Ahmad Shirzad, catedrático e amigo do investigador assassinado, apoiou esta última teoria.
No site "Sepidran", Shirzad afirmou que Alimohammadi era partidário de Moussavi e inclusive tinha participado da grande manifestação de protesto contra os resultados das eleições presidenciais em 15 de junho.
O regime iraniano acusou a CIA (agência de inteligência americana) e o Mossad (serviços secretos de Israel) de terem cometido o atentado, com a ajuda de grupos iranianos de oposição no exílio que Teerão considera terroristas.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Site oferece prova de que cientista iraniano assassinado apoiava oposição
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