in SIC Online (Publicação: 07-04-2011 10:03 | Última actualização: 07-04-2011 11:06 )
O Governo só vai entregar formalmente o pedido de ajuda financeira a Bruxelas depois de discutir os termos concretos com os principais partidos da oposição, disse hoje à Lusa fonte governamental.
Apesar de a solicitação ter sido anunciada na quarta-feira pelo primeiro-ministro demissionário, José Sócrates, o Governo e os partidos terão ainda de determinar que garantias serão oferecidas pelo Estado e em que termos será apresentado o pedido, explicou a fonte.
"Não há nenhuma data específica para entregar o pedido e não há nenhuma obrigação de o fazer durante a reunião Ecofin", que começa na sexta-feira e reúne os ministros das Finanças dos Estados-membros da União Europeia, acrescentou.
As negociações entre os partidos vão ser promovidas pelo Presidente da República. Segundo o Diário Económico, Aníbal Cavaco Silva "iniciou contactos com os principais partidos políticos mal foi informado, durante a tarde de ontem (quarta-feira), de que o Governo ia oficializar um resgate financeiro junto da União Europeia".
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, disse na quarta-feira que apoia o pedido de ajuda financeira externa feito pelo Governo, acrescentando que o seu partido está disponível para apoiar "um quadro de ajuda mínimo" a negociar pelo executivo. O CDS-PP, que também deverá participar nas negociações, ainda não se pronunciou, tendo o líder Paulo Portas remetido uma reação para hoje.
A presidência húngara da União Europeia anunciou, entretanto, que começará a analisar a questão da ajuda a Portugal ainda hoje, tendo convocado uma conferência de imprensa em Budapeste, onde os ministros das Finanças têm esta noite uma reunião informal antes do Ecofin, segundo noticiou a agência espanhola EFE.
O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, afirmou, a 24 de março, que o resgate a Portugal deverá ascender a 75 mil milhões de euros.
Portugal é o terceiro país da União Europeia solicitar um resgate para enfrentar dificuldades económicas depois da Grécia e da Irlanda.
O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, garantiu a José Sócrates que o pedido de ativação dos mecanismos de auxílio financeiro será tratado "da forma mais expedita possível, de acordo com as regras pertinentes".
(Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico) Lusa
quinta-feira, 7 de abril de 2011
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