segunda-feira, 13 de julho de 2009

Novo director suspendeu programa para prender ou matar membros da Al-Qaida


in TSF 13 JUL 2009 - 09:24
A CIA tinha um programa secreto para capturar ou matar membros da rede terrorista Al-Qaida que foi interrompido com a chegada do actual director da agência, Leon Panetta, noticia esta segunda-feira o diário The Wall Street Journal.

A informação surge poucas horas depois de a presidente da Comissão de Inteligência (serviços secretos) do Senado ter confirmado que o ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney, proibiu a CIA de informar o Congresso sobre um plano antiterrorista criado depois dos atentados de 11 de Setembro de 2001.

O jornal, que cita vários antigos membros dos serviços secretos, garante que a natureza concreta do programa não é clara e que a CIA se recusou a comentar este assunto.

Refere no entanto que o programa, ainda não completamente operacional quando Panetta tomou posse, contava já com fundos para o planeamento e provavelmente para o treino de agentes para a missão, segundo responsáveis tanto do Governo norte-americano actual como do anterior.

O diário precisa que, em 2001, a CIA tinha já analisado a possibilidade de realizar assassínios selectivos de líderes da Al-Qaida mas abandonara-a seis meses depois.

A presidente da Comissão de Inteligência do Senado, a democrata Dianne Feinstein, confirmou no domingo que Cheney proibiu a CIA de dar informações sobre o plano antiterrorista criado depois do 11 de Setembro, como noticiara na véspera o diário The New Tork Times.

Para Feinstein, a decisão de ocultar o programa "é um grande problema" porque «se afastou da lei».

A Lei de Segurança Nacional de 1947 obriga o Governo dos Estados Unidos a manter «totalmente informadas» as comissões de inteligência do Congresso sobre as actividades dos serviços secretos.

Todavia, a disposição não é clara por referir que a divulgação dessa informação deve «ter em conta a prevenção da divulgação não autorizada de informação classificada».

Feinstein e outro pequeno grupo de legisladores souberam do programa a 24 de Junho, durante uma reunião com Leon Panetta, que por sua vez terá sabido da sua existência um dia antes e o suspendeu imediatamente.

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